quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Após a Vidaurora

Após a Vidaurora
Luiz Carlos Meneses

Quando, após a vidaurora,
vir finalmente a escuridão,
a mais noturna das noites
será convite à solidão…

Encontrarás o teu avesso,
e verás o que hoje nega.
Saberás que a vida é laço
e que esconder-se é vão…

Descobrirás que és o pó
e que a ordem natural
indica que não há ordem.
Somos todos efêmeros.

Saberás que a última gota
vale como qualquer outra.
E que uma chuva é única:
só se chove uma vez…

Terás menos histórias
do que gostaria de contar.
Mas sentirás na pele
o peso de cada dia vivido.

Tua companhia, então,
será apenas a incerteza:
quantos dias ainda?
quantas noites ainda?

Irás sonhar com a vida
que, tolamente, não viveste.
Lamentarás, enrugado,
cada dança que não dançaste…


Agradeço, prezado leitor, por aceitar o meu "Convite". Seja sempre bem-vindo!

Abraços a todos e até a próxima!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Um pouco de romantismo besta e exacerbado...

imagem extraída do filme "Malena"


Soneto Tolo e de Rimas Fáceis
Luiz Carlos Meneses

Fiz um poema para lhe descrever,
e percebi que não conseguiria.
Poeta que sou, decidi viver
procurando verso que a definiria.

Iniciei assim a busca pelo verso
que diga o que passa na minha alma.
E nesse poema singelo eu confesso
que tua presença me encanta e acalma.

Ainda busco a palavra mais bonita,
para uma poesia de pura leveza,
para que eu possa tentar explicar:

os teus cabelos de noite infinita…
o teu sorriso de irresistível beleza…
os teus olhos que me fazem sonhar…

Obrigado, leitor, por aceitar o "Convite". Volte sempre!

Abraços a todos e até a próxima!